A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) divulgou nesta sexta-feira (16), o resultado da operação que resgatou seis trabalhadores que viviam em situação análoga a de escravos trabalhando para a grife M.Officer.
Os auditores fiscais da SRTE/SP flagraram jornadas exaustivas, péssimas condições de alimentação, risco de incêndio e de explosão, entre outras condições degradantes na oficina onde eles trabalhavam na Zona Leste da capital paulista.
Segundo o superintendente Luiz Antonio Medeiros, durante a operação foram encontrados trabalhadores de origem boliviana que cumpriam jornadas de 7h até às 23h e recebiam valores que variavam entre R$500 e R$700 por mês de trabalho. “É a segunda vez que a M.Officer é pega nessa situação em apenas seis meses. Isso mostra que é uma prática constante da empresa”, disse Medeiros.
O auditor fiscal do trabalho, Luiz Alexandre Farias, que participou dos resgates, disse que os bolivianos se encontravam em situação de moradia e alimentação subumanas. “Eles acordavam e dormiam costurando e tinham uma alimentação de baixa qualidade nutricional. A oficina foi interditada”, afirmou.
A M.Officer sofreu um bloqueio de bens no valor de R$158 mil para o pagamento de verbas rescisórias e por danos morais. Cada trabalhador deve receber indenizações no valor de R$ 26 mil. A operação contou também com a participação da Defensoria Pública da União, Receita Federal, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 2° Região, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Comissão de Trabalho Escravo da Assembléia Legislativa de São Paulo.
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