sexta-feira, 19 de abril de 2013

Empresas de abate e processamento de carnes e derivados têm nova Norma Regulamentadora sobre segurança e saúde


Foi divulgada a Norma Regulamentadora (NR) 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados -, a qual entrará em vigor 6 meses após a sua publicação. A mencionada NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, o controle e o monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano.

(Portaria MTE nº 555/2013 - DOU 1 de 19.04.2013)


Fonte: Editorial IOB

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Saúde no Trabalho - Médicos e professores estão entre os que mais adoecem de transtornos mentais

Transtornos mentais são mais comuns em determinadas profissões. Segundo a psicóloga Débora Glina, membro da comissão de saúde mental da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), médicos, professores e profissionais que lidam muito com o público estão mais expostos. Por isso, os casos de depressão estão muito relacionados a serviços como o de teleatendimento e o bancário.
Na lista de benefícios  concedidos pela Previdência Social, a depressão como justificativa está mais presente nos ramos da indústria, comércio e reparação de veículos, atividades administrativas (incluindo administração pública), transportes e saúde. Em janeiro de 2013, dos 16.172 benefícios concedidos pela Previdência por transtornos mentais, 1.395 foram para trabalhadores da indústria de transformação. O total inclui 8.134 benefícios concedidos a trabalhadores de atividades sem uma classificação.
Após o diagnóstico, o trabalhador que obtiver licença médica deve ficar afastado por 15 dias consecutivos. Só depois deste prazo a incapacidade para o trabalho é avaliada e deve ser comprovada por perícia médica do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Na rede pública, os Centros de Atenção Psicossocial fazem o atendimento de pessoas com transtornos psíquicos de toda natureza. Na Bahia, 162 unidades (22 em Salvador) são referência em saúde mental e oferecem tratamento multidisciplinar. Uma das funções dos profissionais de saúde é a ressocialização dos pacientes.
Ambiente de trabalho
O Caps é a primeira porta a entrar quando surgem os sintomas da depressão. Antes disso, porém, algumas saídas podem evitar que a depressão causada por fatores externos se instale. Em relação ao trabalho, especialmente a postura dos líderes pode ser decisiva.
De acordo com a coordenadora do Caps II, no Jardim Baiano, Isabel Castelo Branco, um dos sinais da depressão é o número de faltas no trabalho. O alerta ajuda as empresas a identificarem os funcionários que precisam de ajuda.
Segundo Débora Glina, o papel do gestor tem que ficar mais claro para ele. Principalmente aqueles que estão em posições intermediárias, que recebem pressão de baixo e de cima. "Eles também acabam sendo cobrados constantemente".
Para ela, a falta de treinamento para atuar como líder pode desencadear dificuldades na relação com outros funcionários e contribuir para o adoecimento. "Um bom técnico não é necessariamente um bom gestor, é preciso treinamento específico; é uma função totalmente diferente, e uma das coisas que exige é a sensibilidade com o trabalhador", explica.
Outros fatores podem tornar o ambiente de trabalho propício ao adoecimento. Empresas que proíbem os funcionários de se comunicar com os colegas durante as atividades ou funções muito monótonas podem ser fatores desencadeantes.
Em uma publicação sobre a depressão no ano passado, a OMS forneceu um guia com comportamentos desejáveis em relação ao doente. Para ajudar, uma das recomendações é ouvir a pessoa que sofre depressão. Também é considerado importante ajudar a pessoa a continuar executando as atividades diárias, como um hobby ou esporte. Por isso, empresas que oferecem programação fora da esfera profissional saem na frente para evitar um mal que afeta diretamente a produtividade. 

Voltar ao trabalho também é um passo importante para quem passa por depressão. Para Sandra Campos, é um objetivo muito claro. Aos 42 anos, ela se considera pronta, depois de se afastar da antiga atividade de recepcionista de uma clínica. Após uma crise e três meses de licença médica, foi demitida e voltou a ter episódios recorrentes de depressão. "Sentia muito medo e vergonha da doença, mas agora entendo tudo o que passei". Três anos depois, acredita que voltar a desenvolver uma atividade produtiva é fator fundamental para a total recuperação.
Para ela, a rejeição no ambiente profissional e o preconceito só pioraram os sintomas. "O trabalho para mim era um refúgio", garante. Apesar disso, durante os períodos agudos da doença, os males dos pacientes na clínica onde trabalhava causavam sofrimento intenso. Por essa razão, o deprimido deve ter atenção psicossocial e acompanhamento de uma equipe, que vai indicar as atividades que devem ou não ser desempenhadas.
Sem descuidar da medicação contra a doença e frequentando as sessões de terapia ocupacional e psicoterapia, Sandra alimenta os planos de entrar na faculdade e realizar o antigo desejo de trabalhar na área de saúde. "Este será o ano da minha vitória".




Fonte: Portal A Tarde

Periculosidade - CNI Quer Regulamentação Para Adicional De Periculosidade No Setor Elétrico

Representantes de empresas do setor e do governo se reunirão nesta quarta (6), em São Paulo (SP), para debater construção de norma que regulamente lei sancionada em dezembro
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sindicato da Indústria da Energia no Estado de São Paulo (Sindienergia) realizam nesta quarta-feira, 6 de março, em São Paulo, um encontro de 30 representantes de empresas do setor de energia elétrica com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Secretaria Regional do Trabalho (SRTE/SP).
O objetivo é debater a construção de norma que regulamente a questão da periculosidade para o setor, já que a Lei 12.740/2012, sancionada em dezembro do ano passado, trouxe, entre outras mudanças, uma nova base de cálculo do adicional para os empregados expostos aos riscos de energia elétrica.
De acordo com o coordenador de Segurança e Saúde no Trabalho da CNI, Clovis Veloso, o objetivo do encontro é levar as inseguranças de empresas do segmento, além de saber quais são as expectativas do governo sobre a regulamentação e se os parâmetros estabelecidos atenderiam aos anseios do setor. “A regulamentação é importante para suprir esse vácuo legal, pois com as mudanças muitas empresas não sabem ao certo como fazer o pagamentos desse adicional de periculosidade”, explica Clovis.
A Lei 12.740/2012 revogou a Lei 7.369/1985, que instituía o adicional para os empregados do setor de energia elétrica, em condições de periculosidade. Com a extinção da lei, o Decreto 93.412/1986, que a regulamentava, também foi anulado. Com a nova lei, o artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) passa a regular todos os tipos de periculosidade, para as atividades com risco pela exposição de trabalhadores a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica e também para os vigilantes, que são expostos à violência física.
Para o gerente de Segurança e Saúde no Trabalho da Cemig, João José Magalhães, as mudanças na legislação estão gerando confusão e inseguranças por ainda não se conhecer os critérios para o pagamento do adicional de periculosidade. “Enquanto a legislação anterior tratava desse adicional somente para o setor elétrico, a atual lei ampliou para todos os trabalhadores que tenham contato com eletricidade. Precisamos definir que trabalhadores são esses, por exemplo”, afirma Magalhães.
Participarão do encontro o diretor do Departamento de Segurança e Saúde do MTE, Celso Haddad, além de representantes de empresas como a Cemig, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), CPFL e Eletropaulo


Fonte: CNI