quarta-feira, 16 de maio de 2012

Número de acidentes de trabalho sobe em Sorocaba

Sistema de Informação de Agravos de Notificação registra 57 ocorrências em 2011, quase o dobro de 2007. Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, 221 trabalhadores da região de Sorocaba sofreram acidentes no local de trabalho nos últimos cinco anos. No ano passado, 57 pessoas foram vítimas, número 90% superior ao ano de 2006. Uma pessoa morre diariamente vítima de acidentes de trabalho no Estado, segundo a Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária Estadual, que reúne os dados com base nas notificações feitas ao Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). De 55 mil acidentes de trabalho notificados no Estado em 2011, 464 foram fatais. O médico trabalhista do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Paulo Roberto Kauffman, alerta que os acidentes de trabalho são visíveis, mas as doenças nem tanto. Ele afirma que 17 mil doenças por ano são diagnosticadas no país, mas o número é muito maior. Para Kauffman, a impunidade ajuda a aumentar os índices de acidentes de trabalho em Sorocaba. “A impunidade é outro fator de risco”, diz ele. “A empresa deve pagar pela falta de segurança nas instalações.” Acidentes fatais em metalúrgicas O médico do trabalho Paulo Roberto Kaufmann, do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, adverte: o maior fator de risco de acidentes de trabalho está na falta de regras para a manutenção de máquinas. “É necessário que as empresas façam treinamentos constantes, corretivos e preventivos”, diz. O especialista informa que, na região, os acidentes de trajeto (entre empresa e casa), o aumento da produtividade e de trabalhadores são os outros fatores que contribuíram para o aumento no número de acidentes. “Há mais pressão por produtividade e uso de máquinas que estavam paradas. Retirou-se a proteção para aumentar a escala”, afirma Kaufmann. Segundo o médico, mais pessoas sem experiência ocuparam postos de trabalho arriscados entre 2007 e 2011. Estudos indicam que, em Sorocaba, são predominantes amputações de dedos e partes das mãos por prensas de estamparia e indústrias químicas e de plásticos. Cilindros de padarias e de fábricas de borracha também provocam grande parte das ocorrências. As quedas são frequentes. Tropeços e escorregões também têm afastado os funcionários de suas funções.


Fonte: Rede Bom Dia

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