Somente na última semana ocorreram dois roubos popularmente conhecidos como “saidinha de banco”. A primeira vítima foi um vendedor que foi atacado na tarde de terça-feira (30), logo depois de sacar cerca de R$ 9 mil de uma agência. A segunda vítima foi o funcionário de uma indústria, que perdeu R$ 20 mil após sacar o dinheiro no banco.
Tentando coibir esse tipo de crime, o vereador Sérgio Carnevale (DEM) elaborou o Projeto de Lei nº 133/2010, que proíbe o uso de celular ou equipamento similar dentro das agências bancárias e instituições semelhantes do município. O projeto será votado em segunda discussão na Câmara Municipal na sessão ordinária desta terça-feira (7). A proposta foi aprovada por unanimidade na sessão do dia 23 de novembro.
Pela proposta, o infrator poderá ter o aparelho apreendido, que será devolvido somente quando ele sair da agência. Se necessário, o banco poderá solicitar apoio policial para cumprir a medida. A lei deverá ficar exposta em local visível na agência para conhecimento dos clientes. Se o projeto for aprovado, dependerá de sancionamento do prefeito para entrar em vigor.
Vale lembrar que na semana passada a Câmara aprovou projeto que obriga os bancos a manter guarda-volumes para os clientes. A nova lei, de autoria da vereadora Mônica Hussni Messetti (DEM), aguarda sancionamento do prefeito.
Para o capitão do 37º Batalhão da Polícia Militar, Rodrigo Arena, a corporação vê com bons olhos o projeto e acredita que a lei irá ajudar a coibir esse tipo de crime. Segundo ele, com base em depoimentos das vítimas e investigações, a polícia não tem dúvida de que o celular é usado como meio de comunicação entre os bandidos. “O bandido dentro da agência observa os cliente e passa as informações sobre a vítima, via celular, para os comparsas do lado de fora, que agem quando ela sai do banco”, explica o capitão.
Com a lei que bloqueia o uso do celular no banco, esse tipo de roubo pode diminuir. O capitão reconhece que a lei irá restringir o direito das pessoas de usar o aparelho, mas salienta que a restrição momentânea ocorre em prol de um benefício maior, que é garantir a segurança dos clientes e coibir a violência.
Se o projeto virar lei, Rio Claro engrossará a lista de municípios que já aprovaram legislação similar. Somente em São Paulo, segundo a Febraban, pelo menos 10 cidades já aprovaram a norma. A Assembleia Legislativa também discute o assunto e tem pelo menos três projetos em tramitação.
Fonte: Jornal Cidade
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