Estudo feito pelo DIEESE em seis regiões metropolitanas do país com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) revela que entre os anos de 2000 e 2010 aumentou o número de trabalhadores domésticos diaristas, com e sem carteira assinada, ao mesmo tempo em que recuou o contingente dos mensalistas. Estes ainda são, entretanto, maioria.
No ano passado, segundo apurou o DIEESE, as diaristas, que recebem por dia de trabalho, eram 21,6% do total de domésticas em atividade em Salvador (BA) e 31,3% em São Paulo (SP). Em Porto Alegre, no entanto, o percentual é mais alto: 32,6%.
O levantamento da entidade foi divulgado em alusão ao Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas, comemorado em 27 de abril. Segundo os autores do estudo, as diaristas possuem uma situação mais instável e precária, pois são remuneradas pelo dia de trabalho. “Caso entrem de férias ou fiquem doentes, deixam de receber seus salários. Também é mais intenso o ritmo de trabalho, uma vez que precisam dar conta do trabalho na sua jornada diária, diz o documento.
Em relação às mensalistas, o levantamento informa que aquelas com carteira de trabalho assinada são as que, em tese, se encontram em melhor situação comparativamente às outras trabalhadoras domésticas
remuneradas, em razão do reconhecimento formal de seu vínculo de trabalho.
No entanto, as mensalistas com carteira estavam em maior proporção apenas nas regiões de Belo Horizonte (48,9%), Distrito Federal (42,0%), Porto Alegre (45,2%) e São Paulo (37,6%).
Nas regiões do Nordeste, por sua vez, em 2010 foi superior o percentual de mensalistas sem carteira assinada, com destaque para Fortaleza (60,5%).
No Brasil, em 2010, o contingente de trabalhadores domésticos remunerados somava 7.223 mil pessoas, das quais 93% eram mulheres, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda hoje, é o segmento que garante a inserção ocupacional de cerca de 17,0% das mulheres que trabalham. Em seguida aparece o setor de Comércio e Reparação, segmento que reúne 16,8% das ocupadas e pelo de Educação, Saúde e Serviços Sociais, onde estão 16,7% das trabalhadoras.
Fonte blog do Trabalho
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