segunda-feira, 30 de julho de 2012

IBAMA monitora agrotoxicos

Ibama irá reavaliar principais agrotóxicos que geram impacto às abelhas no País
O caso do sumiço de abelhas em algumas regiões do País, inclusive no Espírito Santo, finalmente ganhou peso com o comunicado do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a reavaliação de agrotóxicos, com o objetivo de proteger as abelhas no País. A medida segue a política do Ministério do Meio Ambiente de proteção a polinizadores.

A decisão do Ibama se baseou em pesquisas científicas e em decisões adotadas por outros países. Segundo o órgão, entre os agrotóxicos que serão reavaliados (Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil), o Imidacloprido está entre os mais críticos. A informação do Ibama é que 934 toneladas desse veneno foram comercializadas no Brasil em 2010, cerca de 60% do total comercializado dos demais.
Como medida preventiva, está proibida a aplicação por aviões desses agrotóxicos, o que foi comemorado por agricultores capixabas. Segundo eles, a pulverização aérea diminui consideravelmente a presença de abelhas e até de pássaros nas propriedades rurais.
Conforme divulgado pelo Ibama, estudos científicos recentes indicam que o uso dessas substâncias é prejudicial para insetos polinizadores, em especial para as abelhas, podendo causar a morte ou alterações no comportamento destes insetos. As abelhas são consideradas os principais polinizadores em ambientes naturais e agrícolas, e contribuem para o aumento da produtividade agrícola, além de serem diretamente responsáveis pela produção de mel.
As empresas produtoras de agrotóxicos têm três meses para incluir uma frase de alerta para o consumidor nas bulas e embalagens de produtos que contenham um ou mais dos compostos químicos destacados na portaria. A mensagem padrão informará que a aplicação aérea não é mais permitida e que o produto é tóxico para abelhas. Constará ainda na mensagem que o uso é proibido em épocas de floração ou quando observada a visitação de abelhas na lavoura.
Segundo o Ibama, as medidas adotadas visam a proteger esse importante serviço ambiental de polinização, que comprovadamente aumenta a produtividade agrícola. A informação é que das 100 culturas agrícolas produzidas que representam 90% da base de alimento mundial, cerca de 70% são polinizadas por abelhas.
Ao final do processo de reavaliação, o Ibama poderá manter a decisão de suspensão da aplicação por aviões desses produtos, ou revê-la, podendo adotar outras medidas de restrição ou controle dessas substâncias.


Fonte: Século Diário

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