quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SST - Trabalho em altura

Escuta-se muito falar em segurança no trabalho e, também, se esquece dos riscos de profissionais de altura, muitas das vezes trabalhando sem segurança e dizendo que “faço isto há muito tempo, estou acostumado”, tratando a segurança em segundo plano.
Na semana passada, ocorreu uma queda fatal em Balneário Camboriú. Um trabalhador perdeu a vida por usar equipamentos impróprios e fora das NBRs 15475 e 15595. Pelo equipamento apresentado na foto, identifica-se que o profissional estava qualificado dentro das NBRs citadas.

É comum encontrar profissionais, principalmente na construção civil, sob andaimes suspensos – andaimes precários, sem condição de proporcionar segurança. Assim, após estar em determinada altura e com o passar do tempo, o profissional se sente “acostumado e seguro”, assim como em grande proporção as cordas que utilizam para o uso de trava-quedas e talabarte estão incoerentes com o procedimento.

Cordas estão sempre cheias de nós, que os profissionais utilizam para prender o talabarte. Cada nó perde uma porcentagem de resistência da corda, existe o nó correto para este procedimento, o que é difícil de encontrar nos locais de trabalho. O correto é a utilização de trava-quedas – e sempre alinhado ao ombro. Falta especificação de equipamento para as atividades. Hoje, compra-se o cinto com o menor custo, pois a rotatividade de profissionais é grande.

Se fizer uma vistoria em todas as obras de Joinville, mais de 80% destes profissionais não receberam um treinamento prático, abrangendo os seguintes temas: equipamentos e o uso correto, fator de queda e choque, pois não sabem fazer uma linha de vida e um nó correto, etc.

A corda que utilizam de linha de vida pode estar condenada pelo excesso de material: cal, cimento, tinta e outros materiais danificam a corda. As cordas utilizadas de linha de vida devem ter ponto de ancoragem independente do ponto de ancoragem do andaime, salvo se o ponto de ancoragem for à prova de “romba”.

O que ocorre nos dias de hoje: o empregador dá o equipamento, o funcionário imagina estar seguro e o governo acha que tudo está bem.

Fonte: A Notícia

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