A maioria dos trabalhadores brasileiros que se deslocam entre a residência e o local de trabalho gasta menos de 30 minutos no percurso, apontou estudo do IPEA com base na PNAD 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE.
Segundo o Comunicado Nº 73 do IPEA, 68% dos entrevistados pelo IBGE disseram gastar menos de meia hora no trajeto. 10% deles, porém, levam mais de uma hora para chegar ao serviço.
Ainda conforme o estudo, moradores das regiões metropolitanas (RM) do país gastam mais tempo nos deslocamentos do que aqueles que vivem em cidades do interior. Enquanto que 50% dos moradores das RM’s afirmaram levar menos de 30 minutos neles, o percentual dos que moram no interior e que gastam o mesmo tempo eleva-se para 80%.
Entre as regiões metropolitanas, a de Porto Alegre (RS) é a que exibe melhor qualidade de vida no que diz respeito ao trânsito para o trabalho. Trata-se do maior percentual aferido de moradores que levam menos de meia hora no deslocamento.
Já as regiões do Rio e de São Paulo, como era de se esperar, exibiram os menores percentuais de trabalhadores que realizam viagens curtas. Brasília (DF) e Recife (PE) também seguem a realidade das duas maiores cidades do país com percentuais pequenos de moradores que afirmaram gastar pouco tempo entre a casa e o trabalho.
Paradoxo
O estudo do IPEA também avaliou o problema do deslocamento de acordo com a posse de automóveis. Apesar dos engarrafamentos e do crescimento do trânsito nas grandes cidades e conurbados, verificou-se que os trabalhadores que usam um automóvel para chegar ao serviço economizam mais tempo do que aqueles que usam o transporte coletivo.
“Isso pode indicar que, mesmo com o aumento do tráfego urbano prejudicando o tempo de percursos de todos,as pessoas que não possuem veículo privado, e portanto dependem do transporte coletivo, sofrem um impacto de tempo maior que os demais”, diz o texto do Comunicado do IPEA.
Fonte blog do Trabalho
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