Por Silmara Cossolino
“É preciso que estado e empresas estabeleçam uma política pública de proteção social para que se reduza o índice de rotatividade da mão de obra brasileira”, disse ao Blog Ademir Figueiredo, coordenador de Estudos e Pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A pedido do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a entidade apresentou, no mês passado, o estudo “Movimentação Contratual no Mercado de Trabalho Formal e Rotatividade no Brasil”, o qual indicou que a taxa média de rotatividade entre 2007 e 2009 foi de aproximadamente 36% dos vínculos empregatícios, considerando-se apenas os desligamentos promovidos por iniciativa da empresa.
“Esse índice revela uma flexibilidade muito expressiva no mercado brasileiro, com trabalhadores sujeitos à rotatividade, que é muito grande. É preciso ter, nesse contingente, um plano específico em política pública de qualificação profissional”, disse ele.
Este foi o primeiro levantamento realizado sobre o tema e a expectativa é que seja dada continuidade em 2011, visando qualificar melhor essa rotatividade com base no que já foi feito. “Todo governo deve ter isso como meta porque a rotatividade indica postos de baixa qualidade”, afirmou Figueiredo.
O estudo apontou que cerca de 2/3 dos vínculos empregatícios são desfeitos antes de atingirem um ano de trabalho. Os desligamentos com menos de 6 meses de duração superaram 40% do total deles em cada ano, sem que metade atingisse três meses de duração. Quase 80% dos desligamentos tiveram menos de dois anos duração.
Fonte blog do Trabalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário