terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Emprego em 2011: expansão econômica no Brasil amplia as diferenças geradas pela crise nos países ricos, mostra a OIT

Por Sandro Guidalli

A imprensa dá grande destaque nesta terça ao relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre emprego em 2011 emitido esta semana pela entidade sediada na Suiça. As notícias não são animadoras para os países desenvolvidos, os mais atingidos pela crise econômica mundial dos anos 2008/2009 e que segue prejudicando estes mercados com recessão e desemprego.
Conforme os números divulgados, a OIT prevê uma massa de 203 milhões de pessoas desempregadas em todo o mundo este ano. Isso quer dizer uma taxa de 6,1% ante os 5,6% pré-crise, de acordo com reportagem da BBC Brasil publicada na Folha. Às agências noticiosas o diretor-geral da OIT, Juan Somavia afirmou: “Apesar da recuperação do mercado de trabalho no mundo, o enorme custo humano causado pela recessão permanece”.

O cenário de desconforto no chamado Primeiro Mundo, termo aliás em desuso pela mídia em geral, contrasta com o que estamos vivendo no Brasil (veja os mais novos números do CAGED sobre emprego nos municípios brasileiros aqui). Segundo este Blog publicou ao longo de reportagem apurada por Lyvia Justino (veja posts abaixo), o chamado “pleno emprego” bate à porta após quase uma década de avanços na geração de novos postos de trabalho.

A corroborar com a análise do professor Sérgio Bessa, da FGV, reportagem do Estadão mostra que, pela primeira vez, a taxa de desemprego brasileira é menor que a dos países ricos e situa-se agora abaixo da média mundial, levando-se em conta os dados de emprego nas regiões metropolitanas.

Ainda conforme o texto assinado pelo correspondente do jornal em Genebra, citando a OIT, há mais jovens desempregados nos EUA e Europa que no Brasil. Matéria publicada no Valor acrescenta que 78 milhões deles não conseguiram trabalho em 2010.

US$ 1,25

Outro dado divulgado pela OIT chamou a atenção da mídia. Conforme os cálculos da entidade, em 2009 aproximadamente 20% da mão de obra mundial (ou 730 milhões de trabalhadores sobrevivia com US$ 1,25 por dia, o que dá pouco mais de R$ 2,00.

Fonte blog do Trabalho

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