sábado, 5 de junho de 2010

Segurança Patrimonial - Segurança de boate atira a esmo e atinge taxista


O taxista Roberto Braunarth, 28 anos, foi vítima de uma bala perdida em frente à danceteria Baila Comigo, no Bairro Alto, no final da madrugada de domingo. O autor do disparo é o segurança da casa noturna, segundo informações obtidas por investigadores da Delegacia de Homicídios (DH). Existe a possibilidade de o segurança ser um policial militar que fazia “bico” no estabelecimento. Diante disso, o serviço reservado da Polícia Militar foi comunicado e passou a trabalhar na apuração dos fatos.Na manhã de ontem, o delegado Sivanei de Almeida Gomes, da DH, tomou alguns depoimentos e apurou que o caso ocorreu por volta das 4h45, em frente à casa noturna que fica na esquina da Rua Brasílio de Lara com Avenida Victor Ferreira do Amaral. A confusão aconteceu dentro da boate, envolvendo um casal. Não se sabe por qual motivo, o segurança expulsou o casal. Já na rua, a confusão se estendeu. Com o rapaz expulso caído ao chão, o segurança sacou uma arma, apontou para o rapaz, mas não atirou. Levantou o braço para o lado e disparou um tiro a esmo, provavelmente para assustar o rapaz e fazê-lo sair correndo.

Taxistas amigos de Roberto contaram que ele havia acabado de chegar ao ponto de táxi. Viu a confusão e desviou. Quando manobrava o carro, o Pálio placa APM-5838, para estacioná-lo, foi ferido pelo tiro. A bala passou pelo vidro direito traseiro, transfixou o encosto de cabeça e atingiu a nuca do taxista. Roberto perdeu a consciência e seu carro ficou parado com a ré ligada, em cima da calçada.O Siate socorreu Roberto levando-o ao Hospital Evangélico. Depois ele foi transferido ao Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, onde passou por cirurgia na manhã de ontem.DemoraUm dos colegas de profissão da vítima contou que, passada a confusão, as pessoas que ficaram em frente ao bailão demoraram para perceber que Roberto estava baleado. Foram passageiros de outro táxi que notaram o que tinha acontecido. É possível que eles tenham tentado pegar o táxi de Roberto, mas viram o veículo parado de ré na calçada e disseram a outro taxista que o motorista estava dormindo.Depois do comentário, um dos colegas de Roberto estranhou o jeito que o táxi estava parado e foi verificar. Também demorou um pouco a notar que o amigo estava com um tiro na parte de trás da cabeça. Só ao ver o sangue no chão é que se deu conta do ocorrido e chamou o Siate.PolicialLogo que perceberam o taxista baleado, o segurança do bailão, apurou o delegado, tratou de fugir num Ká de cor cinza. A Polícia Civil solicitou ajuda ao serviço reservado da PM, para averiguar a hipótese de o segurança ser um policial militar. “Não temos informações suficientes para afirmar que o segurança era policial. Ainda estamos investigando e vamos ouvir o proprietário do bailão”, disse Gomes. Já os amigos de Roberto foram mais longe e contaram que o segurança seria um PM lotado no 13.º Batalhão.Roberto era solteiro e morava no Cajuru. Seus colegas contaram que ele trabalhava há anos como taxista e, eventualmente, parava no ponto em frente ao bailão.

Fonte: Paraná On-line

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