quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tendência dos mais graduados será optar pelo trabalho temporário, diz especialista

A tendência para os próximos anos é a diminuição do trabalho permanente e a maior oferta de prestação de serviços em diversas áreas. A conclusão foi apresentada por especialistas de vários países na noite da última sexta-feira, no encerramento do Congresso Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário (CIETT). As agências privadas de emprego serão as responsáveis por gerir a mão de obra, que se tornará escassa em todo o mundo.
Para Carl Camdem, da norte-americana Kelly Services, uma das quatro maiores agências de emprego do mundo, o trabalho temporário pode ser considerado como uma evolução das relações trabalhistas. “É uma modalidade de contratação que permite a utilização dos melhores talentos nas empresas. Chegará o dia em que profissionais bem qualificados e graduados nas melhores universidades optarão por serem temporários”, explicou.
Os pesquisadores do Instituto Staffing Industry Analysts, focado em trabalho temporário, acreditam que em 2015 o setor estará inserido num ambiente econômico bastante positivo. “Na América Latina, o trabalho temporário experimentará rápido crescimento. A Europa precisará flexibilizar as relações trabalhistas, pois já perdeu 5% de competitividade em relação aos Estados Unidos”, explicou o diretor geral da entidade, John Nurthen.
Realizado pela primeira vez no Brasil, o Congresso Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário, uma inicitiva do Sindicato das Empresas de Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis do Estado de São Paulo (Sindeprestem), reuniu em São Paulo profissionais vindos de diversas partes do mundo, que debateram os aspectos legais que ainda barram o avanço da terceirização e do trabalho temporário.
De acordo com Donna Koeltz, especialista da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as pesquisas comprovam que muitas pessoas preferem a experiência de trabalhos temporários antes de se fixarem em um emprego. “o mercado de trabalho é um mecanismo muito dinâmico”, disse.
Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Pedro Paulo Manus, a terceirização precisa ser normatizada no Brasil, pois só assim será reconhecida pelo que oferece de bom para a economia do país. “É uma atividade que emprega milhares de pessoas. A fiscalização eficiente será a garantia para se desenvolver corretamente”, disse o ministro.Com informações da Assessoria de Imprensa do CIETT

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