Após o acidente sofrido por um operário na tarde dessa quarta-feira, quando ele caiu no buraco de fundação da obra e fraturou o fêmur, o Sindicato dos Operários da Construção Civil voltou a questionar a segurança do trabalho nos canteiros de obras do Pará. Segundo Aílson Cunha, coordenador do sindicato, de janeiro a setembro de 2010 ocorreram 400 acidentes no Estado, com quatro mortes.
“Toda semana o sindicato faz vistorias nos canteiros de obras. Quando encontramos irregularidades, denunciamos ao Ministério Público do Trabalho e à Divisão Regional do Trabalho. Isso é o máximo que podemos fazer. Depois, os órgãos competentes devem tomar as providências”, afirma.
Aílson ressalta que muitos operários trabalham sem carteira assinada e sem benefícios, como plano de saúde e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “As empresas têm condições de contratar técnicos de segurança mais qualificados, mas não o fazem por questão de custos” , completa.
Enquanto concluía a construção de um bloco de concreto em uma obra no centro de Belém, o pedreiro Pedro Emílio Ferreira escorregou e caiu de uma altura de 2,5 metros, ficando impossibilitado de se mexer. Foi resgatado por uma ambulância do Samu e levado ao Pronto-Socorro da 14 de Março.
Para Aílson Cunha, até as 12h de ontem o operário continuava internado no PSM em situação estável, mas seria transferido para o hospital Beneficente Portuguesa.
O DIÁRIO entrou em contato com a Quanta Engenharia, empresa responsável pela obra onde ocorreu o acidente e foi informada que Pedro Emílio é um funcionário efetivo da empresa e está recebendo toda a assistência médica necessária.
Fonte: Diário do Pará
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