terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ministro critica diferenças salariais entre homens e mulheres no Brasil

O ministro Carlos Lupi criticou nesta terça o fato de os salários das mulheres ainda serem menores que o dos homens no Brasil. Para ele, não se muda isso com decreto ou com leis e sim através da mobilização das mulheres nos sindicatos.
“Para mudar essa realidade eu acho que a mulher tem que cada vez mais participar e se organizar no mundo sindical, pressionar seus sindicatos para que tenha um salário mais justo. É um absurdo essa diferença porque temos um maior número de mulheres no mercado com curso superior completo e incompleto ganhando bem menos do que o homem, em média 65% do que um homem ganha”, afirmou o ministro após anúncio dos números do CAGED relativos ao mês de setembro.

De acordo com os dados, apenas nos estados de Sergipe e Alagoas as mulheres têm salários médios reais de admissão superiores ao dos homens.

Em relação ao grau de instrução, os dados mostram que a diferença salarial é menor nos níveis de escolaridade mais baixos e aumenta quando homens e mulheres têm o curso superior completo ou incompleto.

“No nível superior completo e incompleto, tem muito mais mulher no mercado de trabalho do que homem mas um homem equivale a uma mulher e meia trabalhando. É o maior percentual de diferença salarial entre gêneros, esse registrado no nível superior”, avaliou Lupi.

O ministro disse que, no Nordeste, comparando com o Sul, a diferença é que há um maior volume de mulheres trabalhando na base da pirâmide. “Elas estão em maior número nos empregos mais simples e ganham 94% do que o homem ganha. Por isso, nós temos esse fenômeno: maior nível de escolaridade, menor salário comparado com o dos homens. Menor nível de escolaridade, salário quase igual ao dos homens”, lamentou o ministro.

Segundo o CAGED, a participação dos salários médios reais de admissão femininos em relação ao dos homens é da ordem de 87,64%. No Sul a representatividade é menor que no Nordeste: as mulheres ganham o equivalente a 83,89% e 93,39%, dos salários dos homens, respectivamente.

Fonte blog do Trabalho

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