Depois de oito rodadas de negociação, os trabalhadores rurais da lavoura canavieira de Pernambuco alcançaram o maior reajuste salarial entre as categorias que realizaram negociação coletiva, este ano, no estado. A campanha, que terminou esta semana foi intermediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE/PE).
Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (DIEESE), o reajuste de 10,51% intermediado pela SRTE/PE obteve índice de reajuste similar ao conquistado pelos trabalhadores da Construção Civil que foi de 10%. O reajuste representa um acréscimo de R$ 12,00 acima do salário mínimo e um ganho real de 5,56%. A diária dos trabalhadores no corte da cana passou para R$ 18,23 durante a semana e R$ 273,50 a quinzena.
Além disso, os canavieiros também conseguiram avanços em 18 cláusulas do acordo que se referem ao local e horário de pagamento, tabela de tarefas para regime de produção, salário doença, assinatura da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, afastamento remunerado para internamento hospitalar, entre outros.
Outra reivindicação negociada foi a ampliação da contratação de mulheres. Em 2009 foram contratadas 1.062 trabalhadoras rurais e em 2010 este número caiu pra 986. Com esta última alteração acordada a expectativa é que 1.217 mulheres sejam contratadas em 2011, no setor.
“A cada ano os trabalhadores rurais conquistam mais benefícios, não só nas cláusulas econômicas, mas também no que diz respeito à segurança e saúde da categoria no ambiente de trabalho. Ano passado os empregadores passaram a fornecer uma garrafa térmica de 5l e agora a marmita térmica para as refeições”, lembra o superintendente adjunto, Mário César de Carvalho, que atuou como mediador.
A Comissão Permanente Regional Rural (CPRR-PE), que acompanhou as negociações, fará estudos para a atualização da tabela de tarefas. Quanto ao Adicional de Insalubridade e Serviços de Aplicação de Defensivos, ficou acertado que a Federação dos Trabalhadores Rurais de Pernambuco (Fetape) informará ao Ministério do Trabalho quais são as atividades consideradas insalubres para a devida aferição do grau de risco na aplicação dos agrotóxicos no cultivo da cana.
Fonte blog do Trabalho
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