terça-feira, 13 de julho de 2010

Repórter relata impacto dos investimentos em Rondônia

Em abril passado, a jornalista Lyvia Justino, da equipe da assessoria de comunicação do MTE, partiu de Brasília com destino a Porto Velho (RO) com uma clara missão: observar, para a Revista Trabalho, a transformação da economia local com a injeção de investimentos em obras como a da hidrelétrica de Santo Antônio, nos arredores da capital.

Para se ter uma idéia, só em maio, na Construção Civil, foram gerados 2.457 empregos em Rondônia.

A hidrelétrica, que quando ficar pronta será a terceira maior do país, consumirá mais de R$ 13 bilhões em investimentos públicos, inclusive com recursos do FGTS, além de aplicações da iniciativa privada. A construção no rio Madeira é um exemplo de como o Brasil está desafiando crises e planejando seu futuro.


Trabalhadores durante obra em hidrelétrica/Fotos de Renato Alves - MTE

Por Lyvia Justino

Estive em Jacy Paraná, distrito de Porto Velho, em Rondônia, para passar o réveillon com uma tia, que havia mudado para o local por conta das obras das hidrelétricas no Rio Madeira. Abriu um restaurante no lugar e estava servindo comida para algumas empreiteiras que atuavam nas obras. Fiquei impressionada com o movimento do lugar, que apesar de pequeno estava passando por uma visível transformação. Ruas asfaltadas, chegada de sinal de celular, muito comércio e muita gente circulando, apesar de ser recesso de fim de ano.

A curiosidade de saber o que estava acontecendo me fez sugerir uma pauta sobre o crescimento na geração de empregos em Rondônia, constatada pelo Caged, para a Revista Trabalho. O estado saltou de uma média de quatro a cinco mil empregos gerados no ano para mais de 20 mil em 2009. Com entrevistas devidamente marcadas, parti para Porto Velho em abril.

Fiquei dois dias na cidade e o que vi foi muito além do que eu estava esperando. Primeiro que visitar a hidrelétrica de Santo Antônio foi impactante: é uma obra gigantesca, com milhares de pessoa circulando o tempo todo e que choca só de olhar para a dimensão da construção. Fora isso, conversar com os trabalhadores no canteiro de obras me fez perceber que aquela construção tem uma importância muito maior para eles. São pessoas que mudaram de vida porque tiveram a carteira assinada, muitos, pela primeira vez. E pude ver isso nos olhos de cada entrevistado



Novos restaurantes abrem nos arredores de Porto Velho


À noite, quando saí para jantar, pude perceber que o movimento não estava restrito a hidrelétrica. A “Calçada da Fama”, rua onde ficam os bares mais badalados da cidade, estava lotada, mesmo sendo uma quinta-feira. Pizzarias e bares com as mesas cheias. E isso também acontecia em todo o percurso até a badalada rua. No hotel, contaram que estava difícil achar vaga para ficar hospedado na cidade porque, com as obras, estava tudo ocupado.

No segundo dia fomos andar pela cidade, ver como estava o comércio local e buscar novos personagens. O que vimos foi um comércio totalmente aquecido, com novas lojas abrindo e procurando profissionais para trabalhar. Muitos prédios estão sendo construídos por toda a cidade, muitas obras de infraestrutura estão sendo feitas e realmente vemos placas de “contrata-se” por todos os lados. O trânsito já tem “cara” de trânsito dos grandes centros. Encontramos pessoas que mudaram de estado e investiram em Porto Velho. Em pouco tempo, já tiverem retorno. Trabalho finalizado, voltei para casa com a frase de um entrevistado na cabeça: “Em Porto Velho só não está trabalhando quem não quer”.


O que não falta é trabalho em Rondônia

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