Taxa de desemprego medida pelo Dieese em SP e no DF é a menor em quase 20 anos

Por Vanessa Corrêa

No mês passado, a taxa de desemprego no Distrito Federal atingiu o menor patamar para os meses de junho desde 1992, no âmbito da série história da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita pelo Dieese com a Fundação Seade.

A taxa foi de 14,0%. Houve a criação de 5 mil postos de trabalho ao longo do mês. Em 12 meses, o acumulado de novos postos chegou a 63 mil.

“O Distrito Federal tem uma característica diferente que é o peso da administração pública. Se somar União e o Governo do Distrito Federal (GDF), eles têm um peso muito grande na ocupação, algo que não temos nos demais estados. Além disso, o setor da administração pública tem remunerações mais altas o que proporciona esse elevado rendimento médio real dos ocupados”, explicou o economista Sergio Mendonça ao blog.

Em junho, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 1,2% e foi estimado em R$ 1.912. As principais contribuições vieram da Indústria (6,5%) e da Administração Pública (2,1%).

São Paulo

Dados das PED indicaram que, em São Paulo, em junho, houve redução da taxa de desemprego de 13,3%, em maio para os 12,9% de junho. Esta é a menor taxa de desemprego para o mês de junho, desde 1991, no estado. Em junho, o contingente de desempregados foi estimado em 1,383 milhão, 39 mil a menos do que em maio.

“O peso da indústria é muito grande em São Paulo. O setor teve uma pequena queda em junho. Contudo, na comparação anual a indústria está crescendo muito, cresceu 8,1%, o que equivale a 128 mil postos de trabalho”, disse Mendonça.

Em junho o número de ocupados eram 9,338 milhões, segundo a PED. O nível de ocupação cresceu 0,7% em junho com a criação de 68 mil postos de trabalho. Dois setores se destacaram: Serviços (1,3%, ou geração de 65 mil postos de trabalho) e o Comércio (1,4%, ou 20 mil).