segunda-feira, 26 de julho de 2010

Seg.Acervos Culturais - Roubo no Museu de Olinda

Furto expõe falta de segurança em museus de Pernambuco

RECIFE(PE) - O furto do quadro do pintor brasileiro Cândido Portinari no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Olinda (PE), expôs a falta de segurança em alguns museus de Pernambuco. A obra "Enterro", avaliada em R$ 1,5 milhão, era mantida no estabelecimento. O local tinha poucos seguranças e nenhuma câmera de vigilância.

A polícia ainda não descobriu o autor do furto, que foi percebido no dia 14 de julho. Segundo as investigações, alguém entrou como visitante e levou a pintura.

A tela, de 1959, foi retirada da moldura, que o ladrão ainda teve tempo de esconder atrás de uma janela. O museu não possui câmeras e está fechado desde o dia do crime, porque a direção decidiu só reabrir quando a vigilância for reforçada.

O diretor de difusão cultural da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Adelmo Aragão, reconhece a fragilidade na segurança. O órgão é responsável pela administração do museu. Ele disse que haverá a contratação de mais 40 vigilantes e a compra de 210 câmeras para os museus e os espaços culturais do estado.

Museu do Estado

Dos sete museus que a Fundarpe administra, somente o Museu do Estado tem circuito interno de TV. Porém, as câmeras são muito antigas e não funcionam.

O Museu do Estado, no Recife, tem um acervo importante no palacete Estácio Coimbra - que é um casarão do século XIX - fechado para reformas - e no prédio anexo. São quase 15 mil peças, incluindo várias coleções famosas, como a de Cícero Dias. Aberto de terça a domingo, o museu chega a receber 200 visitantes por dia, principalmente estudantes, mas no período de férias a frequência diminui.

De acordo com a Fundarpe, em qualquer horário, há quatro vigilantes no local, dois armados e dois da guarda patrimonial. Cinco monitores também circulam pelas áreas de exposição em cada turno.

Administração municipal

A Prefeitura do Recife administra quatro museus. Apenas o de Arte Moderna Aloísio Magalhães tem câmeras de vigilância - onze, ao todo. No local, são mais de mil obras.

O prédio está sendo reformado. O térreo, que está aberto à visitação, tem monitores e guardas municipais o tempo inteiro. Um reforço na segurança já foi solicitado.



Fonte: Revista Nordeste

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