segunda-feira, 17 de maio de 2010

Trabalho gerado em abril aproximou-se de recorde histórico do CAGED


GABRIEL BALDOCCHI

A economia brasileira criou 305.068 postos de trabalho com carteira assinada em abril, número recorde para o mês, informou o Ministério do Trabalho e Emprego nesta segunda-feira.
O desempenho é o segundo maior resultado desde o início da série, em 1992. O maior número foi registrado em junho de 2008, quando o saldo de empregos gerados somou mais de 309 mil empregos.
No acumulado do ano, o número de vagas criadas é de 962.327. O número é resultado dos quatro recordes seguidos registrados desde o início do ano. Apesar do saldo recorde, o resultado de abril ficou abaixo da previsão do ministério do Trabalho, que havia indicado a criação de 340 mil postos no mês.
No final de abril, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, elevou para 2,5 milhões a previsão de novos empregos formais a serem gerados neste ano. A projeção oficial anterior era de 2 milhões, mas o ministro já vinha afirmando que esse número seria revisado para cima diante do resultado dos primeiros meses de 2010.
Se a previsão do governo se concretizar, 2010 entrará para história com número recorde de geração de empregos formais. O ano de 2007 ainda guarda a maior marca: 1,617 milhão de vagas com carteira.
"Estamos reavaliando porque em 2009 houve uma contenção na contratação. Em 2010, [o empresário] teve que contratar mais do que o previsto", aponta Lupi. O ministro acredita que o Brasil vá crescer de 7% a 7,5% neste ano.
"Os economistas querem amedrontar como se o Brasil estivesse marcado para não crescer. O Brasil tem tanta necessidade quanto a China de crescer", defendeu. Para Lupi, o número de vagas em maio vai ficar abaixo do registrado em abril. A previsão do ministério aponta geração de 240 a 280 mil novos empregos formais.
Setores
O emprego formal apresentou crescimento em 13 dos 25 subsetores da economia brasileira. A construção civil teve o quarto recorde seguido de geração, com saldo de 38.951 vagas.
A indústria de transformação gerou 83.059 vagas formais em abril. Este é o segundo maior número para o mês e resultado de expansão em sete dos 12 ramos. O setor têxtil apresentou a maior contribuição para os empregos na indústria, com 10.092 vagas.
O setor de serviços gerou o maior número de vagas do mês. Os 96.583 postos incluem as instituições financeiras, áreas médicas e odontológicas, educação, transporte e comunicações, setores hoteleiro e alimentício, além de serviços de comércio e administração de imóveis.
Regiões
Três Estados registraram resultado negativo em abril. Alagoas teve o pior saldo do mês, com perda de 6.668, seguido de Pernambuco e Paraíba. De acordo com o Ministério do Trabalho, o resultado negativo foi influenciado pela sazonalidade no campo.
As 119.844 vagas geradas em São Paulo fizeram o estado liderar na criação de empregos formais. Minas Gerais teve o segundo melhor saldo de postos de trabalho, com criação de 45.030 vagas.

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