Criada em 2007, a Panzer blinda em média 93 carros por ano e espera um crescimento de 20% em 2010
A violência em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro tem feito negócios do mercado de segurança prosperarem. A carioca Fabiana Bravo, 34 anos, formada em comunicação, notou que um bom exemplo desse novo setor era o serviço de blindagem de carros. Em 2007, com a vontade de abrir seu próprio negócio, juntou-se a um amigo e abriu a Panzer, empresa de blindagem automotiva.
Para entrar nesse mercado, em que a qualidade do serviço determina a segurança do cliente, fez uma pesquisa com outras empresas do setor em São Paulo e no Rio. “Há muitas diferenças nos negócios das duas cidades. No Rio, o serviço está tão aquém da demanda que muitos carros são enviados para blindagem em São Paulo”, afirma. Essa foi mais uma razão para abrir o negócio, que começou com um investimento de R$ 1 milhão, obtido de reservas pessoais. A expertise veio de funcionários que já haviam trabalhado nesse tipo de serviço. Hoje, a Panzer possui 14 colaboradores e funciona em um edifício-garagem com 1.200 m², no bairro de Botafogo. “É um lugar central e de fácil acesso, o que facilita que os clientes conheçam nosso trabalho”, diz Fabiana.
No começo, a empresa sofreu com o seu pouco tempo de existência. Como confiar sua vida a um negócio que ainda dava seus primeiros passos? “No fim, a mão de obra que possuímos falou mais alto. Ela é muito experiente e tem anos de mercado”, afirma a empresária.
Fabiana também tentou implantar e seguir um plano que diferenciasse a Panzer das outras empresas no Rio de Janeiro. “Nós não somos a mais barata. Buscamos clientes pessoa física e empresas, não trabalhamos com concessionárias e agências de carro”, afirma. O preço, diz a empreendedora, vem da utilização de material mais leve do que usual, todo comprado no Brasil. "O processo de blindagem se aperfeiçoou muito nos últimos dois anos. O consumidor tem hoje acesso a materiais muito mais leves, altamente resistentes e que não interferem na performance do veículo", explica Fabiana. A divulgação do serviço é feita pela indicação de clientes e pelo site.
Os vidros utilizados têm dupla camada de policarbonato e steel glass, que, além de serem mais leves e resistentes, evitam que seja necessário fazer o chamado overlap nas portas – a instalação de uma estrutura de aço no espaço das janelas. Outro item importante é a colocação de um sistema de proteção entre os aros da roda e os pneus. No caso de pneus furados, o motorista pode dirigir a 100 km/h, por uma distância de até 50 quilômetros, com segurança. Atualmente, a Panzer leva 30 dias para blindar um veículo. O proprietário pode estar presente nas várias etapas do processo, que custa em média R$ 40 mil.
Para garantir ainda mais a segurança dos seus clientes e ao mesmo tempo atrair mais fregueses, Fabiana e seus sócios buscaram certificar a empresa pela a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o que significou um investimento de R$ 15 mil em adequações. A empresária também toma cuidado na hora de escolher seus fornecedores. “Eles precisam ter passado por testes no exército, por exemplo”, diz.
A empresa teve um faturamento de aproximadamente R$ 2 milhões em 2009 e espera crescer 20% em 2010, com uma média de 93 carros blindados por ano.
Fonte: PEGN
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