“Já se afirmou, e acertadamente, que é imprescindível conhecer uma realidade, para que seja possível modificá-la, melhorá-la ou combatê-la”. Com essas palavras, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Milton de Moura França, saudou a abertura da exposição e lançamento do livro “Retrato Escravo”, dos fotógrafos João Roberto Ripper e Sérgio Carvalho, na última quinta-feira, (9/9), na sede do TST. Iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Fundação Vale, tem como objetivo registrar situações de trabalho escravo no País e o empenho das instituições públicas e privadas na erradicação do problema. Entre outras autoridades, a solenidade contou com a presença do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, da diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, do coordenador-geral jurídico da Vale, Fábio Spina e do diretor-presidente da Fundação Vale, Sílvio Vaz.
Em seu discurso, o ministro Moura França afirmou que a conscientização de que existe trabalho em condições degradantes, análogo ao de escravo, “é o farol que atrai e certamente atrairá, ainda mais, forças capazes de combater essa chaga, que macula toda a sociedade brasileira.” Para ele, a retratar a dramaticidade, a angústia e o sofrimento que atingem parte dos trabalhadores, o trabalho dos fotógrafos cumpre o objetivo não só de denunciar essa situação degradante, mas também de advertir a sociedade e apontar o caminho para erradicá-la. “Ao lado de inúmeras ações que vêm sendo implementadas, com o rigor da lei, pelos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, e, em especial, pelas Varas Itinerantes da Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Emprego e Polícia Federal, em resposta ao clamor da sociedade, todas elas com o objetivo de erradicar, definitivamente, essa nódoa que ainda nos atinge, mesmo em pequena escala, mas nem por isso admissível, a realização desta exposição constitui prova inequívoca de que, nos corações dos homens existe espaço para a prática do amor ao próximo”, afirmou.
(Ribamar Teixeira)
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Superior do Trabalho
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