quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Estatísticas - Número de acidentes de trabalho cai 31% em Maringá/PR

Maringá/PR - O número de acidentes de trabalho na região de Maringá caiu 31% no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. Os dados são da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de Maringá. De acordo com a gerência local, de janeiro a junho de 2010, foram liberados 447 benefícios para trabalhadores acidentados, ante 653 nos seis primeiro meses de 2009.

A causa da queda no número de acidentes ainda precisa ser identificada. A Previdência Social adianta, no entanto, que houve uma mudança de comportamento nos canteiros de obras da construção civil, principais focos de ocorrências do gênero. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Maringá (Sintracom), há três anos não há registro de mortes na cidade. Ainda segundo a entidade sindical, o recorde no número de acidentes fatais em construções foi registrado em 1993. Naquele ano, seis operários perderam a vida - a maioria por queda.

A redução de vítimas está ligada à ação de entidades de classe. No ano passado, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR) vistoriou cerca de 3 mil obras em Maringá. Sete em cada dez construções apresentavam alguma irregularidade, como a falta de equipamentos de segurança para os trabalhadores. Todos os responsáveis foram notificados e tiveram que se regularizar.

Há seis anos, o Sintracom realiza campanhas de prevenção a acidentes, com treinamento e trabalho de conscientização de operários. Este ano, o sindicato visitou 108 empresas e ministrou cursos para 1.950 operários. Os trabalhos são realizados em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região Noroeste do Paraná (Sinduscon-Nor/PR). "A redução mostra que estamos no caminho certo", destaca o presidente do Sintracom, Jorge Moraes.

De acordo com o Ministério do Trabalho, até junho deste ano Maringá reunia 8.741 trabalhadores empregados, com carteira assinada, no setor da construção civil. Para esse contingente, o perigo está em todos os lados: desde a serra para cortar a madeira, ao tijolo que pode despencar de um andar acima. Segundo Moraes, as principais causas de mortes em obras são: queda, choque e soterramento.

Vítimas

Maringá registrou este ano duas mortes de operários no local de trabalho. Em fevereiro, um trabalhador de 34 anos morreu ao cair em uma prensa de um abatedouro. A segunda vítima foi um pintor de 28 anos, morto no dia 21 deste mês em conseqüência da explosão de um tanque em uma empresa de estruturas metálicas, na zona sul da cidade.

Fonte: O Diário

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